Dr. Leonardo Reis Cotta - Urologista
Incontinência Urinária: causas, diagnóstico e opções de tratamento
A incontinência urinária não deve ser considerada uma consequência natural do envelhecimento ou das gestações. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem significativa melhora da qualidade de vida, devolvendo autonomia e bem-estar.
Dr. Leonardo Reis Cotta - urologista
8/8/20252 min ler
A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina, representando um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja mais prevalente em mulheres — principalmente após a menopausa ou gestações múltiplas —, também acomete homens, especialmente após cirurgias urológicas como a prostatectomia.
Além do impacto físico, a incontinência urinária compromete a autoestima, a vida social e a qualidade de vida dos pacientes, tornando fundamental sua abordagem adequada e precoce.
Principais tipos de incontinência urinária
A incontinência não é uma condição única, mas apresenta diferentes formas clínicas:
Incontinência urinária de esforço: ocorre ao tossir, espirrar, rir ou realizar atividades físicas que aumentam a pressão abdominal. Mais comum em mulheres, está relacionada à fragilidade do assoalho pélvico.
Incontinência urinária de urgência: caracterizada por desejo súbito e incontrolável de urinar, associada ou não à síndrome da bexiga hiperativa.
Incontinência urinária mista: combinação das formas de esforço e urgência.
Incontinência urinária por transbordamento: ocorre quando a bexiga não esvazia adequadamente, levando ao extravasamento contínuo de pequenas quantidades de urina.
Causas e fatores de risco
Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da incontinência urinária, entre eles:
gestações múltiplas e partos vaginais;
envelhecimento e alterações hormonais (como a menopausa);
cirurgias pélvicas ou urológicas;
doenças neurológicas (Parkinson, esclerose múltipla, lesões medulares);
obesidade e sedentarismo;
doenças crônicas, como diabetes mellitus.
Diagnóstico
O diagnóstico requer uma avaliação clínica detalhada, incluindo histórico médico, exame físico e, quando necessário, exames complementares como:
urina tipo I e urocultura;
estudo urodinâmico;
ultrassonografia pélvica ou prostática;
cistoscopia (em casos selecionados).
A definição correta do tipo de incontinência é essencial para a escolha da melhor estratégia terapêutica.
Tratamento
O tratamento é individualizado e pode incluir medidas conservadoras, medicamentosas e cirúrgicas:
Medidas comportamentais: reeducação miccional, controle da ingesta de líquidos, redução de cafeína e perda de peso.
Fisioterapia do assoalho pélvico: exercícios de fortalecimento muscular (como os exercícios de Kegel) apresentam bons resultados, principalmente em mulheres.
Tratamento medicamentoso: indicado para casos de urgência urinária e bexiga hiperativa, com o uso de antimuscarínicos ou beta-3 agonistas.
Procedimentos cirúrgicos: como as cirurgias com telas (sling) para mulheres e esfíncteres artificiais em homens após prostatectomia, reservados para casos refratários.
Qualidade de vida e prevenção
Embora muitas pessoas convivam com a incontinência urinária em silêncio, é importante ressaltar que trata-se de uma condição tratável e controlável. Procurar avaliação médica especializada é essencial para identificar a causa, indicar o tratamento adequado e evitar o impacto negativo na vida social e emocional do paciente.
Considerações finais
A incontinência urinária não deve ser considerada uma consequência natural do envelhecimento ou das gestações. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem significativa melhora da qualidade de vida, devolvendo autonomia e bem-estar.
O acompanhamento com o urologista é fundamental para cada caso, garantindo abordagem personalizada e eficaz.



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