Dr. Leonardo Reis Cotta - Urologista

Disfunção Erétil: causas, diagnóstico e opções de tratamento

A disfunção erétil é uma condição frequente, que vai muito além da esfera sexual, podendo refletir a saúde cardiovascular e metabólica do paciente. Clique e saiba mais.

Dr. Leonardo Reis Cotta - urologista

8/24/20252 min ler

A disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual, é uma condição caracterizada pela dificuldade persistente ou recorrente em obter ou manter uma ereção suficiente para a relação sexual satisfatória. Estima-se que mais de 150 milhões de homens em todo o mundo apresentem o problema, e sua prevalência aumenta significativamente com a idade.

Apesar do impacto direto na vida sexual, a disfunção erétil também deve ser entendida como um indicador de saúde geral, podendo estar associada a doenças cardiovasculares, diabetes, distúrbios hormonais e fatores psicológicos.

Principais causas

A origem da disfunção erétil pode ser multifatorial, envolvendo aspectos orgânicos, hormonais e emocionais. Entre os mais relevantes destacam-se:

  • Doenças cardiovasculares: hipertensão arterial, aterosclerose e insuficiência cardíaca comprometem a circulação sanguínea peniana.

  • Diabetes mellitus: responsável por alterações vasculares e neurológicas que favorecem o quadro.

  • Alterações hormonais: níveis reduzidos de testosterona podem impactar o desejo e a função erétil.

  • Fatores neurológicos: lesões medulares, doenças degenerativas ou sequelas cirúrgicas.

  • Aspectos psicológicos: ansiedade, depressão, estresse e conflitos de relacionamento.

  • Uso de substâncias: tabaco, álcool em excesso e determinados medicamentos podem contribuir para o desenvolvimento da condição.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio de anamnese clínica detalhada, exame físico e exames complementares, quando necessários. Muitas vezes, a avaliação da disfunção erétil permite a identificação precoce de doenças sistêmicas que ainda não apresentavam outros sintomas.

Opções de tratamento

O tratamento da disfunção erétil deve ser individualizado, considerando as causas, a gravidade do quadro e as expectativas do paciente. Entre as alternativas terapêuticas estão:

  • Medicações orais (inibidores da fosfodiesterase tipo 5, como sildenafil, tadalafil e vardenafil): atuam na melhora da circulação peniana, sendo eficazes em grande parte dos casos.

  • Terapias injetáveis intra cavernosas: utilizadas quando os medicamentos orais não apresentam resposta adequada.

  • Dispositivos de vácuo: promovem ereção mecânica por meio de pressão negativa.

  • Próteses penianas: indicadas em casos refratários, com excelentes índices de satisfação quando bem indicadas.

  • Abordagem psicológica ou psicoterapia sexual: essencial quando fatores emocionais são predominantes ou associados.

Importância da prevenção e acompanhamento

Além do tratamento, é fundamental atuar na prevenção, adotando medidas que beneficiam a saúde geral e, consequentemente, a função erétil:

  • manter hábitos de vida saudáveis (alimentação equilibrada, atividade física regular);

  • controlar doenças crônicas (hipertensão, diabetes, dislipidemia);

  • reduzir o consumo de álcool e abandonar o tabagismo;

  • realizar acompanhamento urológico periódico, especialmente após os 40 anos.

Considerações finais

A disfunção erétil é uma condição frequente, que vai muito além da esfera sexual, podendo refletir a saúde cardiovascular e metabólica do paciente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem não apenas a recuperação da função erétil, mas também a detecção e o controle de doenças associadas.

Buscar orientação especializada com o urologista é o primeiro passo para restaurar a saúde sexual e a qualidade de vida.